Débora Rodrigues dos Santos, que ficou conhecida por escrever, com batom, a frase “perdeu, mané” na estátua do Supremo Tribunal Federal (STF), durante os atos antidemocráticos de 8 de Janeiro, deixou o Centro de Ressocialização Feminino de Rio Claro, no interior de São Paulo, na noite da última sexta-feira (28).
Ela estava presa desde o ano passado, mas, na sexta-feira (28), o ministro Alexandre de Moraes, da Suprema Corte, concedeu a prisão domiciliar a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo (SAP) informou que Débora “foi colocada em prisão domiciliar ontem (28), às 20h, após a direção do Centro de Ressocialização Feminino de Rio Claro dar cumprimento ao Alvará expedido pelo Supremo Tribunal Federal”.
A defesa dela havia solicitado a liberdade provisória. No entanto, a PGR se manifestou contra a soltura, mas foi favorável à substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar.
Ainda de acordo com a decisão, apesar da mudança, a situação jurídica que a levou a prisão preventiva permanece inalterada.
Débora é casada e mãe de dois filhos, um de 11 anos e outro de 8 anos. Em março deste ano, Moraes votou para condená-la a 14 anos de prisão e ao pagamento de uma multa no valor de aproximadamente R$ 50 mil, além de uma indenização de R$ 30 milhões por danos morais coletivos.
O nome dela se tornou um símbolo daqueles parlamentares e políticos que apoiam o projeto de lei que pede a anistia para os envolvidos no 8 de Janeiro. Em outubro do ano passado, ela chegou a encaminhar um pedido de desculpas ao ministro Alexandre de Moraes.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br