O diretor da Executiva Nacional do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do IBGE (Assibge), Paulo Lindsay, afirmou à CNN que funcionários continuam à espera de um diálogo com o atual presidente do instituto, Marcio Pochmann.
A declaração foi dada após nota conjunta com o Ministério do Planejamento que suspendeu a criação de uma fundação, a IBGE+, alvo de discordância dos funcionários.
“Os funcionários e a representação sindical não foram ouvidas sobre a criação da Fundação IBGE +. O objetivo dela é contratar pessoal CLT, sem concurso, e abrir espaço para receber recurso público e privado. Temos receio, porque o IBGE pode sofrer interferência política. Além disso, o caminho para o IBGE ter mais recurso é procurar o governo e o Congresso”, ressaltou à CNN.
Segundo funcionários do IBGE ouvidos pela CNN, a chegada de Marcio Pochmann criou expectativa, mas sua postura foi considerada “lamentável” por não querer ouvir os trabalhadores.
“A gente tinha uma perspectiva mais democrática dele, já que não tivemos em governos anteriores, como o governo Temer e Bolsonaro. Mas a postura foi lamentável. Essa fundação foi criada por meia dúzia de pessoas, mas deveria ser criada por lei. Temos que entender que o IBGE é um órgão de estado. E não de governo A ou B. Funcionários do IBGE têm que ser concursados para terem autonomia”, afirmou Paulo Lindsay.
Haverá uma reunião no dia 4 de fevereiro entre os funcionários do IBGE e o presidente do instituto Marcio Pochmann para tentar uma conciliação.
A CNN procurou o IBGE para comentar as declarações e aguarda retorno.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br