O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse ao seu gabinete de segurança nesta sexta-feira (17) que recebeu “garantias” sobre o apoio dos Estados Unidos caso Israel retorne à guerra se futuras negociações com o Hamas não prosseguirem, conforme informado por uma fonte à CNN.
“Há garantias dos EUA de que se o Hamas contrariar uma determinada fase do acordo, Israel pode retomar a luta”, afirmou Netanyahu a seus ministros, de acordo com a fonte.
No 16º dia do cessar-fogo de 42 dias, espera-se que os negociadores iniciem as conversas sobre a fase dois, que visa a libertação de todos os reféns restantes e a retirada total das tropas de Israel de Gaza.
“Durante as próximas seis semanas, Israel negociará os ajustes necessários para chegar à fase dois, que é o fim permanente da guerra”, declarou o presidente dos EUA, Joe Biden, na Casa Branca na quarta-feira (15).
Autoridades dos EUA concordam que a forma como o acordo está escrito não significa que as próximas fases estão garantidas. Se as negociações falharem, eles reconhecem que há uma chance da guerra recomeçar.
O gabinete de segurança de Israel votou nesta sexta-feira (17) para aprovar o acordo, de acordo com o Gabinete do primeiro-ministro. Agora, é necessária a aprovação completa do gabinete israelense, que conta com 33 membros.
A primeira fase do acordo de cessar-fogo e libertação de reféns em Gaza deve começar no domingo (19).
Entenda o conflito na Faixa de Gaza
Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde 2023, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo mantém dezenas de reféns.
O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.
Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.
A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.
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Fonte: www.cnnbrasil.com.br