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Netanyahu é convocado a prestar depoimento sobre laços com Catar

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deixou seu julgamento por corrupção de forma abrupta nesta segunda-feira (31) para prestar depoimento em uma investigação separada sobre possíveis laços entre seus assessores e o Catar, informou a emissora pública israelense Kan.

Dois suspeitos da investigação foram presos nesta segunda, segundo a polícia, que não forneceu mais detalhes em razão de uma ordem judicial de confidencialidade sobre o caso.

Um porta-voz do primeiro-ministro não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Uma fonte próxima a Netanyahu confirmou os relatos. A Kan disse que Netanyahu não é suspeito e que prestará depoimento em seu escritório em Jerusalém.

Netanyahu, que está sendo julgado por uma série separada de acusações de corrupção, rebateu as imputações sobre seus assessores e o Catar como “notícias falsas” e uma campanha politicamente motivada contra ele.

Uma autoridade do Catar também rejeitou as acusações como parte de uma “campanha de difamação” contra o país.

De acordo com investigações recentes feitas pela Kan e pelo jornal Haaretz, os assessores são suspeitos de terem orquestrado ou participado de uma campanha para melhorar a imagem do Catar no exterior. Eles negam qualquer irregularidade.

Mais cedo nesta segunda-feira, Netanyahu nomeou um novo chefe para assumir a agência de inteligência doméstica de Israel após um amargo impasse com o atual chefe, que tem presidido a investigação sobre o Catar, junto da polícia.

Netanyahu nomeou um ex-comandante da Marinha israelense, Eli Sharvit, para substituir o chefe do Shin Bet, Ronen Bar, que permanece no cargo enquanto aguarda uma decisão da Suprema Corte sobre as contestações legais à sua demissão.

As medidas do governo para demitir Bar, que tem presidido a investigação sobre os possíveis vínculos entre o Catar e três dos assessores de Netanyahu, têm provocado protestos de rua em Tel Aviv e Jerusalém.

Netanyahu disse que havia perdido a confiança em Bar por conta da falha de segurança de 7 de outubro de 2023, que levou ao dia mais mortal de Israel e desencadeou a guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza.

A Suprema Corte congelou a demissão de Bar e deve avaliar as petições em 8 de abril, mas, enquanto isso, Netanyahu pode seguir em frente e entrevistar candidatos para substituí-lo.

O Catar não é definido por Israel como um Estado inimigo, mas é lar de alguns líderes do Hamas. Junto do Egito, tem mediado negociações indiretas entre Israel e o grupo militante palestino para um cessar-fogo em Gaza.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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