Os Estados-membros da Organização Mundial da Saúde discutirão o corte de parte de seu orçamento em US$ 400 milhões diante da decisão do presidente Donald Trump de retirar os Estados Unidos, seu maior financiador governamental, da OMS, segundo documento divulgado nesta segunda-feira (3).
Ao abrir a reunião anual do conselho executivo da agência da ONU, o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, também defendeu o trabalho da OMS e as reformas recentes e reiterou um apelo para que Washington reconsidere sua saída e entre em diálogo com a agência sobre novas mudanças.
“Gostaríamos de receber sugestões dos Estados Unidos e de todos os Estados-membros sobre como podemos servir melhor a vocês e às pessoas do mundo”, disse ele.
O corte orçamentário será abordado na reunião de Genebra de 3 a 11 de fevereiro, durante a qual os representantes dos Estados-membros discutirão o financiamento e o trabalho da agência para o período de 2026-27.
O conselho executivo propõe cortar a seção de programas básicos do orçamento de uma proposta de US$ 5,3 bilhões para US$ 4,9 bilhões, conforme documento divulgado nesta segunda-feira (3).
Isso faz parte do orçamento mais amplo de US$ 7,5 bilhões de dólares para 2026-27 que foi originalmente proposto, incluindo dinheiro para a erradicação da poliomielite e para o enfrentamento de emergências.
“Com a saída do maior contribuinte financeiro, o orçamento não poderia continuar como estava”, informa o documento.
Os EUA são o maior doador governamental da OMS, contribuindo com cerca de 18% do financiamento total. A organização já tomou, separadamente, algumas medidas de corte de custos após a decisão do país.
No entanto, alguns representantes da diretoria também queriam enviar uma mensagem de que a OMS preservaria sua direção estratégica apesar dos desafios, acrescenta o documento.
O valor de US$ 4,9 bilhões de dólares é praticamente o mesmo do orçamento do programa básico para o período anterior, 2024-2025.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br