Políticos da oposição repercutiram a alta do dólar nesta quinta-feira (28), que disparou e chegou perto dos R$ 6,00. Já os governistas se concentraram na isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil, medida anunciada ontem (27) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A alta da moeda norte-americana é uma reação negativa do mercado ao anúncio de Haddad. Na véspera, o dólar encerrou a R$ 5,91, maior valor nominal da história.
Por volta das 9h05, o câmbio batia R$ 5,97, com alta de 0,6%. No comunicado, o dólar chegou a R$ 5,99.
Veja repercussão:
Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou, nas redes sociais, que a “economia já está sofrendo” e as medidas anunciadas pelo governo Lula são “populistas para tentar se viabilizar politicamente até 2026”. “Não vou pedir para você ‘fazer o L’, porque, certamente, Lula também te enganou, criando dificuldades para depois vender facilidades. O petista manipulou os sonhos de milhões de brasileiros com promessas vazias, oferecendo falsas esperanças de um futuro melhor. […] A economia já está sofrendo: o dólar provavelmente vai bater R$ 6,00 ainda hoje! Nada do que o petista faz é pensando no bem do Brasil; são apenas medidas populistas para tentar se viabilizar politicamente até 2026. Mas o Brasil não vai suportar mais dois anos de Lula, quem dirá mais seis anos!”, escreveu o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no X (antigo Twitter).
Não vou pedir para você “fazer o L”, porque, certamente, Lula também te enganou, criando dificuldades para depois vender facilidades. O petista manipulou os sonhos de milhões de brasileiros com promessas vazias, oferecendo falsas esperanças de um futuro melhor.
LULA É UM… pic.twitter.com/bZvdO1Jrnu
— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) November 28, 2024
Bohn Gass (PT-RS)
O vice-líder do governo Lula no Congresso, Bohn Gass (PT-RS), publicou que o “mercado chia”, após o detalhamento de Fernando Haddad sobre o pacote de ajustes, que ocorreu nesta manhã.
“O Fernando Haddad anunciou: vai mexer em pensões militares, cortar super salários, isentar IR de quem ganha até R$ 5 mil e fixar limites para abono e aumento real do mínimo. Economia: R$ 70 bilhões. Mercado chia. Queria cortar em saúde/educação e não mexer no andar de cima”, escreveu o deputado federal.
O @Haddad_Fernando anunciou: vai mexer em pensões militares, cortar super salários, isentar IR de quem ganha até R$ 5 mil e fixar limites para abono e aumento real do mínimo. Economia: R$ 70 bilhões. Mercado chia. Queria cortar em saúde/educação e não mexer no andar de cima.
— Bohn Gass (@BohnGass) November 28, 2024
Mario Frias (PL-SP)
O deputado Federal Mario Frias (PL-SP) também comentou sobre a alta do dólar nesta quinta-feira (28).
Ele publicou uma foto com um comunicado antigo do Partido dos Trabalhadores (PT), criticando a alta do dólar em 2019 e 2020, época em que Jair Bolsonaro era presidente do Brasil. O deputado escreveu:
“Bom dia com o dólar a 6,00. Alguém viu o PT por aí?”, publicou Mario Frias.
Bom dia com o dólar a 6,00. Alguém viu o @ptbrasil por aí? pic.twitter.com/wpNnFr22Kl
— MarioFrias (@mfriasoficial) November 28, 2024
Rogério Correia (PT-MG)
O vice-líder do governo da Câmara, deputado Rogério Correia (PT-MG), publicou um vídeo do presidente Lula prometendo isentar o Imposto de Renda para até R$ 5 mil quando candidato à presidência em 2022.
Na legenda, Correia escreveu: “Lula prometeu, Lula cumpriu”.
Lula prometeu, Lula cumpriu 🇧🇷 pic.twitter.com/4v0Xc1jkPd
— Rogério Correia (@RogerioCorreia_) November 28, 2024
Anúncio de Haddad
Fernando Haddad anunciou, na noite de quarta-feira (27), um conjunto de medidas para controle de gastos e uma das promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT): a isenção do IR aos contribuintes que ganham até R$ 5 mil por mês.
As propostas anunciadas por Haddad preveem uma economia de R$ 70 bilhões pelos próximos dois anos que, segundo o ministro, “consolidam o compromisso deste governo com a sustentabilidade fiscal do país”.
O anúncio era aguardado, visto que, se não houvesse ajustes, a situação atual das contas públicas poderiam ser levadas a insustentabilidade das regras aprovadas pelo próprio governo no novo arcabouço fiscal.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br