Ao menos 2.056 pessoas foram confirmadas mortas em Mianmar após o que foi o maior terremoto a atingir o país em mais de um século, informaram as autoridades. Especialistas temem que o verdadeiro número de mortos possa levar semanas para ser revelado.
Equipes de resgate procuram por sobreviventes mais de três dias depois que tremor de magnitude 7,7 atingiu o país, derrubando prédios em países vizinhos, como na capital tailandesa, Bangkok, e enviando tremores por províncias chinesas próximas.
As primeiras 72 horas após um terremoto são amplamente consideradas a janela “dourada” para alcançar vítimas enterradas vivas sob escombros — após esse período, as chances de sobrevivência sem uma fonte de água diminuem rapidamente.
Danos generalizados foram relatados depois que o terremoto causou o desabamento de pontes e edifícios, inclusive em Bangkok, onde as autoridades estão tentando libertar dezenas de pessoas que estão presas sob os escombros de um arranha-céu em construção.
Enquanto isso, ajuda estrangeira e equipes de resgate internacionais começaram a chegar a Mianmar depois que a junta militar fez um raro apelo por ajuda.
O terremoto de sexta-feira (28) foi o desastre natural mais mortal a atingir o país em anos e ocorreu enquanto Mianmar se recupera de uma guerra civil que, desde 2021, danificou redes de comunicação, destruiu infraestrutura de saúde e deixou milhões de pessoas sem comida e abrigo adequados.
Grande número de vítimas
Pelo menos 2.056 pessoas morreram e mais de 3.900 ficaram feridas, informou o governo militar do país nesta segunda-feira (31). Ao menos 270 outras continuam desaparecidas.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS na sigla em inglês) estimou que o número final de mortos pode ultrapassar 10 mil pessoas, com base em modelos iniciais.
Em Bangkok, a centenas de quilômetros do epicentro, pelo menos 18 pessoas morreram.
Destas, 11 morreram quando um prédio em construção desabou em minutos, deixando dezenas presas sob os escombros. Sete fatalidades foram relatadas em outras partes da capital, informaram as autoridades.
As operações de busca e resgate estão em andamento em Bangkok para cerca de 80 pessoas que continuam desaparecidas, enquanto as famílias se reúnem no local do arranha-céu desabado para obter notícias de seus entes queridos.
“Liguei para meu marido, que está preso lá dentro, inúmeras vezes. Provavelmente 100 a 200 ligações por dia, mas nenhuma delas é completada”, relatou Kannika Noommisri à Reuters.
O terremoto foi o mais poderoso a atingir Mianmar desde que foi abalado por um tremor de magnitude 7,9 em 1912 em Taunggyi, uma cidade também no centro de Mianmar.
Tremores secundários, o maior dos quais foi um tremor de magnitude 6,7 na sexta-feira (28), continuaram durante todo o fim de semana, segundo o USGS.
-
1 de 9
Prédio desaba após Bangkok ser atingida por terremoto de Myanmar. • Reprodução/Reuters
-
2 de 9
Dezenas de pessoas ficaram presas em desabamento de arranha-céu em Bangkok após grande terremoto em Mianmar. • Reprodução/Reuters
-
3 de 9
Templo destruído em Mianmar após terremoto. • Reprodução/Reuters
-
-
4 de 9
Pessoas choram ao lado de um prédio desabado perto do Mercado Chatuchak após um terremoto em 28 de março de 2025 em Bangkok, Tailândia. Um poderoso terremoto de magnitude 7,7 atingiu Mianmar em 28 de março de 2025, causando fortes tremores sentidos em Bangkok, onde os prédios balançaram. • Lauren DeCicca/Getty Images
-
5 de 9
Prédio desaba em Bangkok, Tailândia, após terremoto. • Reprodução/Redes Sociais
-
6 de 9
Equipes de resgate tailandesas chegam ao local do desabamento de um prédio na área de Chatuchak após um terremoto em 28 de março de 2025 em Bangkok, Tailândia. • Lauren DeCicca/Getty Images
-
-
7 de 9
Nuvem de poeira se forma em Bangkok após desabamento de prédio. Tailandia e Mianmar foram atingidas por um forte terremoto. • via CNN Newsource
-
8 de 9
Serviços de emergência em prédio que desabou em Bangkok. • Reprodução/Reuters
-
9 de 9
Motoristas recolhem pedaços de uma estrada danificada na capital de Mianmar, Naipidau, após o terremoto. • Getty Images
-
Fonte: www.cnnbrasil.com.br