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Do total de prisões efetuadas, 44 ocorreram em Manaus e outras 43 no em cidades do interior
Foto: Beatriz Sampaio/PC-AM.
A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM) e do Departamento de Polícia do Interior (DPI), deflagrou, nesta quinta-feira (15/05), o Dia ‘D’ da Operação Caminhos Seguros, apresentando o balanço parcial com 87 prisões por crimes contra crianças e adolescentes.
Até o momento, foram efetuadas 87 prisões em todo o estado do Amazonas, sendo 44 em Manaus, realizadas pela Depca, Polinter e demais Distritos Integrados de Polícia (DIPs), e outras 43 no interior. Somente no Dia “D”, foram presas 36 pessoas. Além das prisões, a operação contempla a realização de palestras, ações educativas, preventivas e repressivas relacionadas a esses crimes.
Somente em Manaus, foram registradas cinco prisões em flagrante, enquanto no interior ocorreram sete flagrantes. As demais prisões decorreram do cumprimento de mandados de prisão preventiva e sentenças penais condenatórias.
Em coletiva de imprensa, o delegado Alessandro Albino, diretor do DPM, destacou que o levantamento apresentado é parcial. A Operação Caminhos Seguros é coordenada nacionalmente pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi).


Foto: Lyandra Peres /PC-AM.
“Todos os estados do país estão participando. Esta ação será realizada ao longo de todo o mês de maio, que marca a campanha nacional de enfrentamento aos crimes de abuso e exploração sexual. Já prendemos mais de 80 pessoas em todo o estado, entre capital e interior. Trata-se de um balanço expressivo, com prisões pontuais de grande relevância, muitas delas relacionadas a crimes graves cometidos em períodos anteriores”, afirmou o delegado.
A delegada Juliana Tuma, titular da Depca, informou que o Dia “D” representa o ápice da operação, iniciada em 30 de abril, com ações que se estenderão por todo o mês de maio. Segundo ela, a PC-AM reafirma seu compromisso com a proteção de crianças e adolescentes, registrando um número significativo de prisões, tanto na capital quanto no interior.
“Estamos atuando de forma intensiva e integrada com as delegacias do interior, marcando presença não apenas nas investigações e cumprimento de mandados, mas também nas escolas, embarcações, semáforos — em todos os locais onde houver crianças em situação de vulnerabilidade ou vítimas de violência”, disse a delegada.
A titular da Depca relatou que hoje foi o ápice em termos de prisões e de ações preventivas e de sensibilização. “Fazemos um apelo à sociedade para que se una a nós nessa luta, não apenas contra a violência sexual, mas contra toda e qualquer forma de violência contra crianças e adolescentes”, destacou Juliana Tuma.


Foto: Beatriz Sampaio/PC-AM.
A delegada ressaltou ainda que o número expressivo de prisões demonstra o comprometimento da Polícia Civil e das forças de segurança, bem como dos demais atores da rede de proteção, com o enfrentamento à violência infantojuvenil.
“É fundamental destacar outro marco importante desta operação: a inserção do material genético de presos com sentença penal condenatória no Banco Nacional de Perfis Genéticos. Essa é uma medida em conformidade com a Lei de Execução Penal e representa uma repressão qualificada. Não basta apenas prender; é necessário investigar com profundidade, utilizando a inteligência policial de forma estratégica”, enfatizou a delegada.
O delegado Fábio Aly, titular da Polinter, agradeceu o apoio das Polícias Civis de outros estados — Rondônia, que cumpriu um mandado; Pará, com dois; Maranhão e São Paulo. Segundo ele, a operação contou com um levantamento integrado e criterioso, que permitiu identificar e prender alvos em diversas regiões.
“Conseguimos localizar foragidos do interior que estavam em Manaus e até dois foragidos vindos de Rio Branco (AC). Essa cooperação foi fundamental para o êxito da operação”, explicou Aly.
“Reforço o pedido à população: continuem denunciando. A operação segue até o dia 30 de maio. Seguiremos cumprindo mandados de prisão. Neste momento, faço um chamamento: denunciem por meio do nosso WhatsApp (92) 3667-7727. A Polícia Civil está atenta e atuante”, concluiu.