O Departamento de Defesa dos Estados Unidos (DOD) está investigando “divulgações recentes não autorizadas de informações de segurança nacional” e planeja usar polígrafos como parte da investigação, segundo um memorando publicado no site do departamento na sexta-feira (21).
“O uso de polígrafos na execução desta investigação estará de acordo com a lei e a política aplicáveis”, escreveu o chefe de gabinete do DOD, Joe Kasper, no memorando. “Esta investigação começará imediatamente e culminará em um relatório ao Secretário de Defesa”, acrescentou.
O polígrafo, também conhecido como detector de mentiras, é um aparelho é usado para medir alterações fisiológicas para avaliar a veracidade de informações fornecidas por uma pessoa.
Kasper escreveu que “informações identificando uma parte responsável por uma divulgação não autorizada” seriam encaminhadas para processo criminal.
O memorando foi divulgado depois que o presidente Donald Trump rejeitou uma reportagem do New York Times de que o chefe do DOGE, Elon Musk, seria informado sobre os planos militares dos EUA para uma potencial guerra com a China enquanto estivesse no Pentágono na sexta-feira (21).
Trump comentou que não mostraria tais planos “a ninguém”.
Autoridades do Pentágono também rejeitaram veementemente a reportagem nas redes sociais.
Musk se encontrou com o secretário de Defesa, Pete Hegseth, por mais de uma hora na sexta-feira (21).
O Departamento de Defesa é o mais novo braço do governo a anunciar que usará testes de polígrafo em funcionários.
A Secretária de Segurança Interna Kristi Noem falou no início deste mês que seu departamento continuará a prática após relatos de que ela ordenou a inclusão de uma pergunta sobre vazamentos para a mídia no teste.
Ela relata que ainda acredita que há pessoas que vazam dados dentro do governo e que eles devem “ser responsabilizados”.
“Identificamos dois vazadores de informações aqui no Departamento de Segurança Interna que têm contado a indivíduos sobre nossas operações e colocado vidas de policiais em risco. Planejamos processar esses dois indivíduos e responsabilizá-los pelo que fizeram”, afirmou Noem em um vídeo no X no início deste mês.
O Departamento de Justiça anunciou na sexta-feira (21) uma investigação própria sobre “o vazamento seletivo de informações imprecisas, mas ainda assim classificadas” relacionadas à gangue venezuelana Tren de Aragua.
“Não toleraremos esforços politicamente motivados pelo Estado Profundo para minar a agenda do presidente Trump ao vazar informações falsas nas páginas de seus aliados no New York Times”, comentou o procurador-geral adjunto Todd Blanche em uma declaração na sexta-feira (21).
“A Proclamação da Lei dos Inimigos Estrangeiros é apoiada por fatos, leis e bom senso, que estabeleceremos no tribunal e então expulsaremos os terroristas da Tren de Aragua deste país”, acrescentou.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br