A pressão tarifária de Donald Trump colocou os indicadores da economia americana sob estresse. Um operador de fundos de investimento afirmou à CNN que o mercado está “claramente cansado” da incerteza imposta pela Casa Branca.
Os três principais índices que acompanham o desempenho das ações americanas fecharam em baixa nesta terça-feira. O segundo dia consecutivo de resultados negativos.
Os papéis começaram a cair depois de Trump afirmar que subiria para 50% as tarifas contra o aço e o alumínio canadenses. A escalada responderia ao anúncio do governador de Ontário, no Canadá, que implementou tarifas de exportação de eletricidade para os Estados Unidos.
A região fornece energia elétrica para os estados de Nova York, Michigan e Minnesota.
Diante do mal estar dos mercados, Trump voltou atrás e afirmou a jornalistas que poderia recuar. Decisão confirmada horas depois por um assessor presidencial.
Ontário, em troca, suspendeu as barreiras contra os consumidores americanos.
Apesar do recuo tático, Trump manteve a defesa das tarifas como a principal política comercial dos Estados Unidos.
“Temos que reconstruir nosso país. Tiraram os nossos trabalhos, nossas fábricas”, justificou o republicano.
O vai e vem da guerra comercial contra o Canadá ocorre na véspera da implementação de uma tarifa horizontal da Casa Branca contra a importação de aço e alumínio vindos de qualquer país. A taxação vai impactar centenas de categorias que, juntas, venderam US$ 147 bilhões para os produtores americanos.
Sob Donald Trump, a Casa Branca adotou a guerra tarifária como única ferramenta capaz de diminuir o déficit fiscal dos Estados Unidos, alavancar a indústria nacional e pressionar outras nações em disputas diplomáticas. Até aqui, entretanto, analistas têm apostado no cenário inverso, e indicam que as barreiras corroem a capacidade de crescimento do PIB e, ao mesmo tempo, ampliam o risco inflacionário no mercado doméstico.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br