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Político francês pede que EUA “devolvam” Estátua da Liberdade

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Um político francês pediu que os Estados Unidos devolvam a Estátua da Liberdade depois de sugerir que alguns americanos “optaram por passar para o lado dos tiranos”.

Raphael Glucksmann, membro do Parlamento Europeu que representa o pequeno partido de esquerda Place Publique, fez os comentários em comício no domingo (16).

“Devolvam-nos a Estátua da Liberdade”, disse Glucksmann. “Foi nosso presente para vocsê. Mas aparentemente vocês o desprezam.”

A estátua foi um presente de amizade da França aos Estados Unidos. Inaugurada em 1886, retrata Libertas, a deusa romana da liberdade, segurando uma tocha na mão direita e uma placa na mão esquerda com a data da Declaração de Independência dos EUA.

 

Correntes quebradas ficam sob as roupas da estátua, para simbolizar o fim de todos os tipos de servidão e opressão.

Na segunda-feira (17), a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, respondeu a Glucksmann.

“O meu conselho àquele político francês de baixo escalão, cujo nome não direi, seria lembrá-lo de que é apenas graças aos Estados Unidos da América que os franceses não falam alemão neste momento, por isso deveriam estar muito gratos ao nosso grande país”, disse ele.

Glucksmann então respondeu em uma série de postagens no X e no Instagram. Ele enfatizou que a sua gratidão aos “heróis” americanos que lutaram contra os nazistas na Segunda Guerra Mundial é “eterna”, antes de traçar um contraste com as recentes tentativas do presidente dos EUA, Donald Trump, de mediar um acordo entre a Rússia e a Ucrânia, bem como o bate-boca público de Trump com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

“Os heróis dos Estados Unidos lutaram contra os tiranos, não os lisonjearam. Eram inimigos do fascismo, não amigos de Putin. Ajudaram a resistência e não atacaram Zelensky”, escreveu ele.

“É precisamente porque estou petrificado pela traição de Trump que disse ontem em comício que poderíamos recuperar simbolicamente a Estátua da Liberdade se o seu governo desprezasse tudo o que ela simboliza aos seus olhos, aos nossos e aos olhos do mundo”, disse Glucksmann.

“É claro que ninguém virá roubar a Estátua da Liberdade. A estátua é sua. Mas o que ela representa pertence a todos”, disse ele.

“E se o mundo livre já não for do interesse do seu governo, então nós assumiremos o controle, aqui na Europa.”

Glucksmann é copresidente do partido Place Publique, que atualmente tem três assentos no Parlamento Europeu, bem como um no parlamento francês e um no Senado do país.

Apesar da pequena dimensão do seu partido, Glucksmann tem recebido cada vez mais atenção nos meios de comunicação franceses, incluindo uma entrevista na revista política Le Nouvel Obs publicada em 5 de março, na qual sublinhou a importância de as potências europeias aumentarem os seus gastos com defesa no meio de uma reorientação das prioridades políticas dos EUA.

Também há rumores de que Glucksmann planeja concorrer à presidência nas eleições marcadas para o início de 2027.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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