Protestos violentos surgiram na China depois que autoridades começaram a ser acusadas de encobrir a morte de um adolescente, mostraram vídeos da região noroeste de Shaanxi.
Em imagens verificadas pela CNN, dezenas de manifestantes são vistos confrontando um muro de policiais de choque do lado de fora da Escola Técnica Vocacional de Pucheng, com alguns atirando cassetetes e outros objetos contra os policiais.
O gatilho para os protestos foi a morte de um estudante adolescente, cujo sobrenome era Dang e que estava em seu terceiro ano na escola.
Autoridades locais em Pucheng afirmaram que a morte de Dang em dois de janeiro foi um acidente e não um crime, mas alegações circularam nas mídias sociais de que houve um acobertamento.
Um dos manifestantes foi visto arremessando um extintor de incêndio em uma porta, quebrando o vidro. Em resposta, a polícia é vista lidando agressivamente com os manifestantes, espancando alguns e jogando outros no chão.
Oficiais chineses têm sido particularmente cautelosas com os protestos públicos no país após as manifestações generalizadas do “Livro Branco” no final de 2022 contra as políticas linha-dura de Pequim durante a pandemia de Covid-19.
Segundo declaração dos investigadores publicada no site do governo do condado de Pucheng, Dang “teve uma altercação verbal e física” com um aluno do primeiro ano de sobrenome Guo por “perturbar seu descanso” em seu dormitório.
Naquela noite, um funcionário da escola ajudou a resolver a discussão.
Por volta das 3h da manhã, horário local, outro aluno do dormitório do adolescente foi ao banheiro, onde encontrou um banco de madeira embaixo da janela da sacada, conforme depoimento.
“A janela de correr estava aberta, e a tela de malha de metal foi removida. Ele já havia caído da janela para o chão abaixo”, relatou.
Human Rights In China, um grupo ativista sediado nos EUA, relatou “circunstâncias suspeitas” que levaram à morte de Dang, incluindo relatos de testemunhas de “sinais de luta no dormitório do aluno” e a sugestão de que ele foi “empurrado do telhado”.
O grupo disse que a família rejeitou a explicação oficial da morte. Eles também informaram que as fotos do celular foram apagadas, informou a Reuters.
O ceticismo dos familiares foi amplamente amplificado nas mídias sociais.
Não está claro se os protestos, que começaram nesta segunda-feira (13), continuarão durante a semana.
Ligações da CNN para o departamento de segurança pública do condado de Pucheng, bem como para a cidade de Weinan – da qual o condado faz parte – não foram respondidas.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br