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Quem é Doechii, terceira mulher a levar Melhor Álbum de Rap no Grammy

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A rapper Doechii, 26, foi a vencedora da categoria de Melhor Álbum de Rap do Grammy 2025. A premiação, considerada a mais importante da indústria fonográfica, aconteceu na noite de domingo (2).

Com a mixtape “Alligator Bites Never Heal”, ela disputou a categoria contra J. Cole (pelo álbum “Might Delete Later”), Eminem (“The Death of Slim Shady (Coup De Grâce)”), Common e Pete Rock (“The Auditorium, Vol. 1”) e Future e Metro Boomin (“We Don’t Trust You”).

Doechii foi a única mulher da categoria, o que se repetiu ao longo da história do Grammy. Até então, apenas outras duas mulheres conseguiram levar o gramofone nesse ponto da premiação que é dominado por homens: Lauryn Hill e Cardi B.

Hill recebeu o prêmio por “The Score” na edição de 1997 da cerimônia, enquanto Cardi B com “Invasion of Privacy” em 2019.

 

Doechii não apenas se tornou a terceira mulher na categoria, mas a primeira artista a disputar esse prêmio com uma mixtape.

Além de Melhor Álbum de Rap, Doechii também disputou Melhor Performance de Rap com a faxa “Nissan Altima”, que foi para Kendrick Lamar por “Not Like Us“.

A rapper também disputou a categoria de Artista Revelação, que foi para a cantora Chappell Roan.

Confira os vencedores do Grammy 2025 aqui.

Quem é Doechii?

Nascida como Jaylah J’mya Hickmon, a rapper lançou seu primeiro EP em 2020: “Oh the Places You’ll Go”. A faixa “Yucky Blucky Fruitcake” viralizou no TikTok em 2021 e colocou a cantora no radar das gravadoras.

Pela Top Dawg Entertainment, ela lançou seu segundo EP: “She/Her/Black Bitch” (2022). Desse, a faixa “What It Is (Block Boy)” entrou no Hot 100 da Billboard e recebeu mais de 600 milhões de reproduções nas plataformas de áudio globalmente.

Ela recebeu o prêmio de Artista em Ascensão na premiação Billboard Women in Music, em 2023.

Doechii já saiu em turnê com a rapper Doja Cat e chegou a abrir os shows de Beyoncé.

A cantora também tem no repertório parcerias de sucesso. Recentemente, ela participou do novo álbum de Tyler, The Creator na faixa “Balloon”. Seus feats mais famosos são “Persuasive” com SZA e “Phenomenal” com Janelle Monáe.

Sua produção premiada é a própria “Alligator Bites Never Heal”, que é considerada uma mixtape e não um álbum, propriamente. Nesta, constam faixas com mais de 76 milhões de reproduções no Spotify como “Denial is a River”.

A cantora também gravou uma Tiny Desk, cantando suas faixas de rap e hiphop com diferentes instrumentos e construindo uma apresentação única.

Em 2025, ela já lançou a música “Nosebleeds”. A capa é um troféu de gramofone – o prêmio que ela mesma levou neste domingo (2).

Discurso da rapper foi um dos mais emocionantes da edição

“Eu coloquei meu coração e alma nessa mixtape”, falou a artista ao receber o prêmio. “Eu abri a minha vida. Eu passei por tanta coisa. Eu me dediquei para a sobriedade e Deus me disse que isso seria recompensado.”

“Eu sei que tem alguma garota negra por aí, tantas mulheres negras por aí, que estão me assistindo e eu posso dizer para vocês: qualquer coisa é possível”, continuou. “Não deixe que ninguém projete qualquer estereótipo em você que diz que você não pode estar aqui, que você é muito negra ou que você não é inteligente o suficiente ou muito dramática ou muito barulhenta. Você é exatamente quem você tem que ser agora onde você está e eu sou testemunha disso.”

*Com informações de Sandra Gonzalez, da CNN Internacional

Confira os vencedores do Grammy 2025



Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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