26.9 C
Marília

Relator de PL das Fake News chama decisão da Meta de “descabida”; vice-líder da oposição elogia

Leia também

A decisão da Meta de pôr fim ao programa de checagem de fatos é mais um capítulo que expõe a polarização da política brasileira também em relação às redes sociais. Enquanto governo e parlamentares da base aliada criticaram de imediato a postura da empresa de Mark Zuckerberg, integrantes da oposição têm comemorado a decisão.

Exemplos desses extremos são os deputados Orlando Silva (PCdoB-SP), relator do projeto de lei que pretende regulamentar as redes sociais e combater as chamadas fake news, e Carlos Jordy (PL-RJ), vice-líder da oposição na Câmara dos Deputados.

À CNN, Orlando Silva disparou críticas à decisão. Disse que a Meta ecoa a já conhecida postura de Elon Musk, dono da plataforma X, antigo Twitter.

“A verdade é que Zuckerberg se rendeu, de modo servil, a Donald Trump e aos objetivos da extrema-direita, e o fez sem nenhuma preocupação em disfarçar. A crítica dirigida aos tais “tribunais secretos” é descabida e apenas ecoa as mentiras de Elon Musk”, disse.

Já Carlos Jordy (PL-RJ) afirmou que a decisão valoriza a liberdade de opinião.

“Importante para o combate à censura. Há tempos as redes sociais vinham sendo capturadas por movimentos e governos autoritários que vinham utilizando instrumentos escusos para silenciar aqueles que pensam diferente”, afirmou à CNN.

Na última terça-feira (7), o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou que as plataformas Facebook, Instagram e Threads deixam de operar seus programas de verificação de fatos nos Estados Unidos e seu presidente-executivo declarou que trabalhará com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, para combater a censura em todo o mundo.

A empresa planeja implementar o modelo de “notas da comunidade”, um recurso semelhante ao que já está sendo utilizado na plataforma X.

“Certamente, a probabilidade é de piora do ambiente digital, com ainda maior circulação de desinformação, conteúdos de ódio e violência política, xenofobia e preconceitos diversos”, argumentou Orlando Silva.

“As empresas de verificação de fatos agiam de forma enviesada, rotulando tudo aquilo que discordavam como ‘discurso de ódio’, ‘fakenews’ ou ‘desinformação’. Felizmente as democracias estão percebendo o grave dando que isso vinha trazendo à liberdade de expressão e começam a se insurgir contra a censura e a tirania”, rebateu Carlos Jordy.

Como mostrou a CNN, caso a plataforma estenda a decisão para a atividade no Brasil, uma ala do Supremo Tribunal Federal (STF) já se movimenta para dar uma resposta similar à dada à rede social de Elon Musk.

PL das Fake News

O PL das Fake News enfrentou grandes percalços no Congresso Nacional. No ano passado, durante a queda de braço do empresário Elon Musk com as exigências feitas pelo STF, o projeto voltou a ganhar força.

Porém, em abril de 2024, foi retirado da pauta das votações da Câmara dos Deputados. Depois, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), criou um novo grupo de trabalho para a discussão do tema, com outro projeto como base para o debate.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

spot_img

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

spot_img
spot_img

Últimas notícias