O Santos se aproximou de reabrir as portas da Vila Belmiro para Jorge Sampaoli. Após a demissão de Pedro Caixinha nesta segunda-feira (14), o técnico argentino se tornou o principal alvo da diretoria alvinegra, uma negociação que passa por cima de antigas mágoas e litígios judiciais.
Sampaoli comandou o Santos em 2019 e deixou boa impressão dentro de campo. Em sua única temporada no clube, o time terminou o Campeonato Brasileiro na vice-liderança, com 64 jogos, 35 vitórias e mais de 100 gols marcados. Fora de campo, no entanto, a relação do treinador com o então presidente José Carlos Peres terminou de forma turbulenta.
O episódio marcou a história recente do clube: divergências sobre o rompimento do contrato, ausência de documentos assinados e uma disputa judicial que terminou com a condenação do Santos. Em 2022, a Justiça do Trabalho determinou o pagamento de R$ 4,4 milhões a Sampaoli, referentes a direitos trabalhistas como férias, 13º salário e premiações.
Agora, cinco anos depois, a relação entre os times está diferente após mudanças na direção do clube. Uma reunião nesta segunda, descrita nos bastidores como “positiva”, sinalizou disposição de ambos os lados para um desfecho feliz. A CNN apurou que a receptividade de Sampaoli surpreendeu positivamente a cúpula alvinegra. O CEO Pedro Martins e o presidente Marcelo Teixeira lideram as tratativas.
A negociação ainda está em andamento, especialmente no que diz respeito ao acerto financeiro, pois Sampaoli não é um treinador barato. Ainda assim, o otimismo é crescente, e a expectativa é que a situação se conclua em breve. O CEO do clube pode trazer novidades na coletiva marcada para esta terça-feira (15).
A reaproximação entre as partes tem uma explicação. Após as negativas de Tite e Dorival Júnior, nomes que vinham sendo cogitados, o Santos viu em Sampaoli uma opção viável, mesmo após a última frustração com o treinador. Em 2024, ele chegou a negociar com o Peixe antes de fechar com o Rennes, da França. À época, o clube paulista dava prioridade ao acesso à Série A, e as conversas esfriaram.
De lá para cá, o cenário mudou. Sampaoli está sem clube após saída conturbada do Rennes, e o Santos, em reconstrução após a volta de Neymar, aposta na memória de um bom trabalho técnico para relembrar os velhos tempos.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br
