A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou o mais recente Informe Epidemiológico que compreende até 5 de maio. Foram identificados 36.899 focos do mosquito Aedes aegypti em 256 municípios. Dos 295 municípios catarinenses, 178 são considerados infestados pelo vetor. Também foram notificados 66.200 de dengue e 20.858 são considerados casos prováveis.
Até a data foram confirmados sete óbitos por dengue. O último foi confirmado em Barra Velha, em uma mulher de 38 anos, no dia 23 de abril. Nove óbitos estão sendo investigados pela Secretaria Municipal de Saúde com apoio da SES. Já em relação a Chikungunya foram confirmados quatro óbitos.
“Com a chegada do outono, os casos de dengue em Santa Catarina continuam a preocupar. Mesmo com a redução das temperaturas, que geralmente desacelera a reprodução do mosquito Aedes aegypti, o cenário revela a necessidade de prosseguir com as medidas preventivas para evitar um possível surto”, destaca João Augusto Fuck, diretor da DIVE.
A classificação de casos prováveis é um conceito adotado desde 2024, que inclui todos os casos notificados, confirmados, suspeitos e inconclusivos, exceto os descartados. Essa metodologia permite uma análise mais precisa do cenário epidemiológico, corrigindo possíveis atrasos na conclusão das notificações.
O informe epidemiológico da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), publicado a cada 15 dias, traz um panorama detalhado das arboviroses (dengue, chikungunya e Zika) no estado.
Casos de chikungunya
O informe também confirma quatro óbitos de chikungunya em Santa Catarina. O primeiro caso foi registrado em Florianópolis, em idoso de 83 anos, no dia 01 de janeiro. Os outros três casos ocorreram em Xanxerê com mulheres: de 85 anos, no dia 17 de março; o outro com 80 anos, no dia 03 de abril; e o quarto com 76 anos, com óbito em 04 de abril de 2025.
Ocorreram 1.784 notificações de chikungunya, sendo que dessas, 777 foram considerados casos prováveis e 577 casos foram confirmados. Na comparação com o mesmo período do ano 2024, quando foram registrados 94 casos prováveis, observa-se um aumento de 726,6%.
Xanxerê concentra a maioria dos registros, com 467 casos confirmados. Em seguida, vem Itá (34), Campo Erê (31) e Águas de Chapecó (30).
A chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e apresenta sintomas como febre alta, dores intensas nas articulações, dor muscular, dor de cabeça, cansaço extremo e manchas vermelhas na pele. Em casos graves, pode levar à internação e até ao óbito, especialmente entre idosos e pessoas com comorbidades.
A colaboração da população é essencial para conter a propagação das arboviroses em Santa Catarina.
Ações para eliminar os criadouros do mosquito:
– Evite que a água da chuva fique depositada e acumulada em recipientes como pneus, tampas de garrafas, latas e copos;
– Não acumule materiais descartáveis desnecessários e sem uso em terrenos baldios e pátios;
– Trate adequadamente a piscina com cloro. Se ela não estiver em uso, esvazie-a completamente sem deixar poças de água;
– Manter lagos e tanques limpos ou criar peixes que se alimentem de larvas;
– Lave com escova e sabão as vasilhas de água e comida de seus animais de estimação pelo menos uma vez por semana;
– Coloque areia nos pratinhos de plantas e remova duas vezes na semana a água acumulada em folhas de plantas;
– Mantenha as lixeiras tampadas, não acumule lixo/entulhos e guarde os pneus em lugar seco e coberto.
Fonte: estado.sc.gov.br