Nesta quarta-feira, 15, profissionais, estudantes e mães de recém-nascidos internados no Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth, receberam uma oficina sobre cuidados neonatais e o Método Canguru.
Promovido pelo Núcleo da Criança, Adolescente e Jovem da Sesau (Secretaria de Saúde), a ação especial celebra o Dia Internacional do Método Canguru.
O objetivo é reforçar a importância do método como estratégia de cuidado humanizado a bebês prematuros e de baixo peso, tanto dentro do ambiente hospitalar quanto no acompanhamento das famílias na atenção primária dos municípios.
“O Método Canguru visa justamente um cuidado humanizado à assistência ao prematuro e ao recém-nascido de baixo peso. Hoje trabalhamos o método dentro da Maternidade, mas também nos municípios com a Atenção Primária, onde a Estratégia de Saúde da Família faz esse acompanhamento desses bebês de baixo peso e prematuro, assim evita que eles tenham retorno ao HMI sem necessidade”, afirmou a gerente do Núcleo, Christianny Filgueiras.
A acadêmica Paula Alves, de 30 anos, está cursando o sexto ano de medicina da UFRR (Universidade Federal de Roraima) destacou a relevância da experiência de ter o contato com o método ainda na formação.
“Enquanto acadêmica de Medicina é muito importante ver como são as realidades dos bebês prematuros, e também como que a equipe trabalha com eles. Nosso primeiro contato com esse método é durante a faculdade, durante o internato, e vemos como esse método ajuda no desenvolvimento neurológico das crianças, no afeto com a mãe e pai”, ressaltou a estudante.
O MÉTODO
O trabalho realizado pela UTIN (Unidade de Terapia Intensiva Neonatal) do Hospital Materno Infantil, é focado no trabalho de diminuir o máximo de sequelas possíveis do bebê, além de atendimentos voltados para o desenvolvimento deles, como o Método Canguru.
A prática do Método Canguru tem como vantagens o maior vínculo mãe-filho, estimula o aleitamento materno, contribui para a redução do risco de infecção hospitalar, reduz o estresse e a dor dos recém-nascidos de baixo peso, propiciando melhor relacionamento da família com a equipe de saúde, possibilita maior competência e confiança dos pais no manuseio do seu filho, inclusive após a alta hospitalar.
A coordenadora do Método Canguru na Maternidade, Márcia Sartor, reforçou que o Brasil é referência na adoção da metodologia, que tem como base a proteção ao desenvolvimento dos recém-nascidos.
“Essa data, 15 de maio, representa o início da mobilização desse cuidado humanizado mundialmente. O método canguru traz como princípios básicos as diretrizes, realizar a proteção neurológica desse bebê, realizar e estimular o vínculo afetivo entre o pai, a mãe e o bebê que isso é fundamental, apoiar o alemão”, destacou a coordenadora.
A mãezinha Lorena da Silva, de 23 anos, teve a pequena Melinda prematuramente com 35 semanas de gestação, por essa razão a neném precisou ficar internada na UTIN. Ela afirma que o contato pele a pele é um momento de troca e segurança com a sua filha.
“Eu senti que o Método do Canguru traz aquela segurança para o bebê em estar ali no colo da mãe, sente aquele calor, um momento de troca entre a mãe, o bebê e o pai também, meu esposo sempre faz também, e vemos que ela tá reagindo mais”, comentou a mãe.
Fonte: portal.rr.gov.br