Para marcar o Dia Mundial de Luta Contra a Tuberculose, que será celebrado no dia 24 deste mês, a Secretaria de Saúde está intensificando as ações de combate à doença, incluindo qualificações, encontros estratégicos e mobilizações comunitárias.
Nesta quinta-feira, 20, a CGVS (Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde), por meio do Núcleo de Controle da Tuberculose, realizou um encontro com gestores municipais, representantes da Saúde Indígenas, Sistema Prisional e das unidades hospitalares, para discutir estratégias e atualizar os fluxos de atendimento da tuberculose no Estado.
Em Roraima, no ano de 2024 foram notificados 539 casos de tuberculose, sendo 481 casos novos. Este ano, de janeiro a fevereiro, 65 casos da doença foram notificados.
Segundo a gerente do Núcleo, Rosangela Santos, destacou a importância da mobilização social e do papel das equipes de saúde na identificação de casos suspeitos.
“Roraima é um dos Estados que tem a maior incidência para tuberculose, e nós temos alguns municípios que têm uma incidência bem maior do que a do Estado, como Amajari, Alto Alegre, Boa Vista, Normandia e Pacaraima. Essa incidência é influenciada por alguns fatores como a população indígena e imigrantes também”, afirmou a gerente.
Com um coeficiente de incidência superior à média nacional, o Estado tem adotado medidas para fortalecer a detecção precoce e o tratamento adequado, fundamentais para o controle da tuberculose.
A população também será envolvida nas ações de conscientização, que incluem a busca ativa de casos suspeitos pelas equipes de estratégia de saúde da Família em todos os municípios.
“Antes do paciente procurar o serviço, que o serviço procure esse paciente para fazer um diagnóstico da tuberculose. No programa de tuberculose nós trabalhamos com busca ativa, onde tenho que sair do da minha Unidade Básica de Saúde e ir buscar o caso suspeita, não posso ficar no meu centro de saúde esperando que esse caso suspeita apareça”, ressaltou Rosangela.
Sobre a doença
A Tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, que afeta principalmente os pulmões, embora possa acometer também outros órgãos ou sistemas. A transmissão ocorre pelo ar, por meio da tosse, espirro ou fala de pessoas infectadas sem tratamento.
Os principais sintomas incluem tosse persistente por mais de três semanas, febre baixa no final do dia, suor noturno, emagrecimento, cansaço e falta de apetite.
A Sesau reforça que a tuberculose tem cura e que a conscientização da população é essencial para reduzir a transmissão e garantir o controle da doença no Estado.
A melhor forma de prevenção é a vacina BCG, oferecida gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e aplicada logo após o nascimento, além de hábitos como manter ambientes ventilados, cobrir a boca ao tossir e seguir corretamente o tratamento, que dura seis meses.
O atendimento para diagnóstico e tratamento da tuberculose é disponível em todas as UBS (Unidades Básicas de Saúde). O tratamento é gratuito e essencial para a cura, sendo fundamental que o paciente siga todas as etapas, pois a interrupção da medicação pode tornar a bactéria resistente aos medicamentos.
Fonte: portal.rr.gov.br