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Treino Animal Flow: como funciona treino com mobilidade e força

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Inspirar-se nos movimentos de animais para aprimorar o desempenho físico está ganhando espaço como alternativa ao treino convencional. Práticas como o Animal Flow, que incluem posturas e deslocamentos baseados na locomoção de animais, estão sendo adotadas por quem busca melhorar mobilidade, equilíbrio e resistência.

Além disso, atividades como o parkour e movimentos integrados desafiam o corpo fora do ambiente de academia, utilizando elementos naturais e cenários urbanos como parte do treinamento. Entenda melhor como funciona e os benefícios.

Mobilidade e prevenção de lesões

O educador físico Danilo Figueiredo destaca que o Animal Flow utiliza padrões de movimento complexos, como o “andar de caranguejo” e o “ataque do escorpião”, que envolvem múltiplos grupos musculares e aumentam a estabilidade corporal. “Esses exercícios promovem uma flexibilidade dinâmica e previnem lesões, especialmente aquelas causadas por instabilidade articular e falta de mobilidade. A prática regular melhora a saúde das articulações, ao mesmo tempo que amplia o controle corporal”, explica.

A flexibilidade, ponto-chave nesse tipo de treino, é essencial para garantir a segurança e a eficiência dos movimentos. Henrique Sacramento, educador físico e doutorando em Ciências Fisiológicas, enfatiza que alongamentos dinâmicos são fundamentais para desenvolver essa habilidade. “Esses movimentos preparam as articulações para suportar ângulos amplos sem sobrecarga, distribuindo melhor o esforço entre os músculos e tendões, o que reduz o risco de lesões”, afirma.

Um treino funcional para o dia a dia

Embora o conceito de “força funcional” seja discutível, Sacramento aponta que o Animal Flow combina diversos grupos musculares em uma única sequência, promovendo coordenação e força integrada. Diferente da musculação tradicional, que tende a isolar músculos para hipertrofia, essa abordagem reproduz situações cotidianas em que o corpo responde a estímulos inesperados.

“A vantagem está em trabalhar mobilidade e estabilidade de forma conjunta, criando um corpo preparado para enfrentar movimentos naturais e complexos. Essa integração resulta em maior funcionalidade no dia a dia, além de fortalecer articulações e melhorar a resistência física”, complementa Figueiredo..

Diversidade de movimentos e benefícios metabólicos

O Animal Flow inclui elementos de ioga, breakdance e até saltos inspirados no parkour, diversificando o estímulo aos músculos. Segundo Sacramento, essa alternância melhora a coordenação neuromuscular e evita a estagnação do corpo. “Músculos e tendões que se acostumam a diferentes ângulos, tensões e velocidades estão mais preparados para movimentos desejados e indesejados, reduzindo o risco de lesões e ampliando a capacidade de adaptação corporal”, ressalta.

Além disso, o impacto metabólico é significativo. Sessões de 30 minutos podem queimar entre 500 e 600 calorias, dependendo da intensidade e dos intervalos.

Sacramento explica que o treino também eleva a taxa metabólica basal, promovendo maior gasto energético após a atividade. “Esse tipo de exercício melhora a capacidade cardiovascular e aeróbica, oferecendo benefícios semelhantes aos de treinos como o HIIT, mas com um enfoque mais dinâmico e funcional”, conclui.

Outro aspecto relevante é a conexão entre mente e corpo. Os movimentos exigem concentração para superar obstáculos e responder a desafios externos.

Isso favorece a adaptabilidade mental e física, preparando os praticantes para situações imprevistas fora do treino. “Trabalhar a resposta a movimentos inesperados melhora o tempo de reação e fortalece a resiliência mental, uma habilidade útil para lidar com desafios no dia a dia”, explica Sacramento.

Existe contraindicação?

Os especialistas alertam que esse tipo de exercício pode não ser indicado para pessoas com encurtamento muscular ou musculatura enfraquecida, especialmente idosos. Movimentos que demandam flexibilidade aumentam o risco de lesões, tanto na musculatura quanto nos tendões, se não forem realizados com cuidado.

Condições como artrite, artrose avançada, hérnias de disco, fraturas recentes ou situações de pós-operatório requerem atenção especial. Esses problemas podem dificultar a execução segura dos movimentos ou agravar lesões já existentes. Sem o preparo adequado, o impacto das práticas pode ser prejudicial e levar ao agravamento das condições de saúde.

Apesar das contraindicações, os profissionais ressaltam que com o acompanhamento de alguém qualificado, é possível adaptar os exercícios às necessidades de cada pessoa. Movimentos personalizados e progressivos podem minimizar os riscos, permitindo que a prática contribua para a reabilitação e o fortalecimento do corpo de forma segura.

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Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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