O presidente republicano, Donald Trump, disse no sábado (25) que instruiu os militares dos EUA a liberar uma retenção imposta pelo ex-presidente democrata Joe Biden sobre o fornecimento de bombas para Israel. A medida era amplamente esperada.
“Nós as liberamos. Nós as liberamos hoje. E eles as terão. Eles pagaram por elas e estão esperando por elas há muito tempo. Elas estão armazenadas”
Donald Trump, a bordo do Air Force One
Biden suspendeu a entrega dessas bombas devido à preocupação com o impacto que elas poderiam ter sobre a população civil, particularmente em Rafah, em Gaza, durante a guerra de Israel no enclave palestino.
Uma bomba de quase uma tonelada pode rasgar concreto e metal espessos, criando um amplo raio de explosão.
A Reuters relatou no ano passado que o governo Biden havia enviado milhares de bombas para Israel após o ataque de 7 de outubro de 2023, por militantes palestinos do Hamas de Gaza, mas havia suspendido uma remessa.
Washington anunciou assistência a Israel no valor de bilhões de dólares desde o início da guerra.
Quando perguntado por que ele lançou as bombas poderosas, Trump respondeu: “porque eles as compraram”.
Mais cedo no sábado, Trump disse na plataforma Truth Social: “Muitas coisas que foram encomendadas e pagas por Israel, mas não foram enviadas por Biden, agora estão a caminho!”
Trump e Biden têm sido fortes apoiadores de Israel, mesmo quando Washington foi criticado por defensores dos direitos humanos sobre a crise humanitária em Gaza devido aos ataques militares israelenses. Os manifestantes têm exigido, sem sucesso, um embargo de armas.
Washington diz que está ajudando Israel a se defender contra grupos militantes apoiados pelo Irã, como o Hamas em Gaza, o Hezbollah no Líbano e os Houthis no Iêmen.
O cessar-fogo em Gaza entrou em vigor há uma semana e levou à libertação de alguns reféns israelenses mantidos pelo Hamas em troca de prisioneiros palestinos mantidos por Israel.
Antes de sua posse em 20 de janeiro, Trump havia alertado que haveria “um inferno a pagar” se os reféns mantidos pelo Hamas em Gaza não fossem libertados.
O Hamas fez cerca de 250 reféns durante o ataque de 2023 a Israel, no qual cerca de 1.200 pessoas foram mortas, segundo as contagens israelenses. Isso desencadeou o mais recente derramamento de sangue no conflito israelense-palestino de décadas.
O subsequente ataque militar de Israel a Gaza matou mais de 47.000 pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, e levou a acusações de genocídio e crimes de guerra que Israel nega. Também deslocou quase toda a população de Gaza e causou uma crise de fome.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br