Um grupo de migrantes venezuelanos deportados dos Estados Unidos alega que as condições enfrentadas no centro de detenção da imigração americana violam direitos básicos.
Em um vídeo postado no Telegram pelo Ministro das Comunicações da Venezuela, Freddy Nanez, nesta segunda-feira (24), cidadãos venezuelanos repatriados relataram suas experiências após serem detidos nos EUA.
“Nós passamos por muitos traumas psicológicos, emocionais e físicos”, disse um deportado não identificado. “Eles violaram nossos direitos. Muitos dos que estão aqui foram agredidos fisicamente”, disse o homem no vídeo.
Em um voo de repatriação para a Venezuela, migrantes foram vistos cantando o hino nacional venezuelano e canções folclóricas tradicionais enquanto a aeronave retornava para sua terra natal.
Outro deportado alegou que eles foram tratados “como escravos” e “como criminosos”, apesar de não terem cometido nenhuma infração.
“Não cometemos nenhum crime, nem sequer recebemos uma multa, e eles nos trataram como criminosos simplesmente porque temos tatuagens com os nomes dos nossos filhos”, disse o homem, que se identificou como cantor profissional.
Um grupo de 199 migrantes venezuelanos deportados dos EUA retornou a Caracas nesta segunda-feira após os dois países chegarem a um acordo para retomar os voos.
Os Estados Unidos acusaram a Venezuela de se recusar a aceitar voos de deportação na semana passada, enquanto Caracas acusou Washington de impedi-los.
A Venezuela nega o envolvimento dos migrantes em gangues, que o governo alega terem sido erradicadas. Advogados e familiares dos migrantes também negam seus laços com gangues e dizem que alguns podem ter sido deportados por causa de suas tatuagens.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br