Moradores da Favela do Moinho, nos Campos Elíseos, zona central de São Paulo, realizam um protesto na tarde desta sexta-feira (18) contra operações da Polícia Militar na região. A comunidade tem sido alvo de atenção após o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciar que pretende transferir a sede do Governo do Estado para o centro da capital.
Ainda nesta semana, segundo apuração da CNN, o Governo Tarcísio intensificou o processo de remoção das famílias da Favela do Moinho, com a proposta de transformar a área em um parque urbano. O Ministério Público chegou a classificar o local como um “bunker” de abastecimento da Cracolândia.
Em uma denúncia feita nesta sexta (18), o ex-ouvidor da Polícia de São Paulo, Claudio Silva, afirmou que “o Governo insiste em não reconhecer as famílias de bem e nos últimos dias tem feito um terrorismo com aquelas pessoas”.
Durante o protesto, moradores da favela atearam fogo em móveis e montaram barricadas nas ruas e nos trilhos do trem.
De acordo com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), as linhas 7-Rubi e 10-Turquesa ficaram paralisadas, mas por volta de 15h44 foram normalizadas.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que a Polícia Militar, por meio da Rocam com apoio do Baep, prendeu um suspeito de tráfico de drogas na comunidade.
“Para o local, o Estado propôs o reassentamento de famílias da comunidade com o objetivo de levar dignidade e segurança a essa população, que vive sob risco elevado em condições insalubres, com adesão voluntária de mais de 87% da comunidade até o momento. Cerca de 50 pessoas protestam e interditam a entrada da comunidade nesta tarde. As equipes policiais monitoram a situação à distância para evitar confrontos”, completa a nota.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br