Carla Souza Farrapa
Novamente uma pergunta me levou a refletir!
Quando eu encontrei o amor?
Difícil, complicado, porque quantas vezes a gente pensa que é amor ao longo da vida e é admiração, desejo, gostar, ou paixão, e todos são amor de alguma forma, uns mais vazios, outros mais intensos, outros para a vida.
Ah o “Amor o sublime amor”, quando encontramos ele vem desprovido de excessos ele é calmo, embora ainda assim leve pessoas a atravessar o Continente para ver se o que estava vivendo era realmente amor…. Eu não sou uma pessoa de grandes amores ao longo da vida, me apaixonei aos 24 anos e essa paixão, doença, obsessão, durou até os 29 anos, antes disso tive paixõezinhas de escola e cursinho, mas amor esse so vim a conhecer com os 43 anos, a doze anos atras, foi amor, paixão e tudo que podemos querer de um bom romance, com várias intempéries no meio de tudo…
Aqui vai um pouco dessa história, que ainda vivo, e é engraçado como o amor vem quando menos esperamos e da forma como nunca imaginamos, o meu venho de um simples Boa noite de Portugal!
Olhei a mensagem no MSN, sim no MSN, na época era nosso meio de comunicação, e graças a ter um perfil nesse app, digamos assim, que fui vista do outro lado do Atlantico, Além-mar, claro que demorei uns dois dias para responder, boa tarde do Brasil, e ai se iniciou uma bela amizade, duas pessoas curiosas pelos hábitos e politicas de cada Pais.
A conversa não tinha fim e tínhamos um fuso horário contra nós, então minha rotina mudou, passei a voltar para casa direto do trabalho para encontrar virtualmente meu amigo estrangeiro, falamos de tudo, vida, amores, desilusões, filhos (dele), ex-mulher, meus sobrinhos e afilhados, amigos, comida, geografia, geologia, obras literárias e assim por diante.
Após alguns meses nos falando todo dia, de domingo a domingo, numa dessas conversas me aproximei do note, e para meu espanto, ele falou um pouco mais alto e entusiasmado que o normal, VOCE TEM OLHOS VERDES??
E eu achei estranho porque achei que ele tivesse visto, afinal fazia tempo que nos falávamos, e desse dia em diante nossas conversas mudaram, ficaram mais pessoais, e vimos que sim tínhamos muitas outras coisas em comum além de geografia, política e literatura, (risos), vimos que éramos homem e mulher que se completavam, se respeitavam e admiravam.
E! sim caiu a ficha que éramos mais que amigos éramos namorados, sim namoramos a distância, com todos “os você é doida”,” isso não dá certo”, e tudo que vem quando você conta que tua vida está ligada à de outra pessoa, mas vocês têm um oceano separando vocês!
E sendo uma pessoa que não espera as coisas acontecerem, que um dia talvez a gente pudesse de encontrar, resolvi que iria até lá, creditem!
Minha primeira viaje sozinha, já internacional, para Lisboa- Portugal, conhecer o homem que falava todo dia. Lá fui eu viajar para essa aventura da minha vida, minhas amigas próximas me apoiaram, meus pais não entenderem, meu irmão e socio achou que estava doida, mas fui.
Fui mudar um capítulo da minha história, encontrar a pessoa atras da tela, ouvir a voz sem a microfonia, sentir o calor e o cheiro desse homem que já fazia parte da minha vida e rotina, e foi assim que escolhi conhecer o AMOR, hoje estamos casados, a 12 anos, e pretendemos continuar assim enquanto tivermos vida.
Logico que teve todos os perrengues durante nosso trajeto até que ele viesse para o Brasil, e quem sabe numa outra oportunidade conte para vocês!
Mas o que posso dizer dessa aventura, é que nunca devemos deixar de tentar, mesmo que tudo e todos estejam dizendo que isso não é para você.
Porém devemos sim ter o entendimento que a pessoa que está ali com você nessa aventura, realmente está com você, e que não vai ser a primeira onda fora do normal que vai derrubar ou esmorecer o sentimento, eu digo que tive sorte e que a vida me sorriu depois de muito penar, mas também digo que sempre fui aberta à que a natureza me desse tudo que mereço, e quando veio até mim recebi e agradeci.
Carla Souza Farrapa.
Além do Salto
Uma história de amor no meio desse grande vazio que está se tornando a humanidade!
Te agradeço João Carlos Farrapa por acreditar e nós!
