Quando falamos de Beethoven, a primeira ideia que nos surge em mente é a entrada da 9ªSinfonia, como reflexo de um génio da música atemporal.
Ludwig van Beethoven nasce em 1770 e faleceu prematuramente em 1827, tendo sido diagnosticada uma doença hepática, relacionada ao vinho que consumia.
Uma das figuras mais referenciadas na história da música ocidental estando as suas obras entre as mais executadas do repertório da música clássica, e abrangem a transição do período clássico para a era romântica , neste gênero musical.
Quando comentamos sobre a sua morte prematura aos 56 e que se deveu ao excesso de consumo de álcool, temos a tendência de pensar que seria um escape á questão da sua audição ter se esvanecendo gradualmente.
Mas uma pesquisa que decorreu ao seu corpo, após exumação, veio se a confirmar, de que não havia relação direta de sua morte com o consumo de vinho, e sim, pela forma que o vinho era conservado.
No início do sec. XIX era padrão, para efeitos de conservação, que os recipientes de vinho, fossem revestidos no interior com verniz de chumbo.
Ao ser armazenado nestes recipientes, e o tempo em permaneciam fechados, estavam sujeitos a uma fermentação, e em contato com este verniz, provocava uma reação química, e que originava e o transformava em Acetato de Chumbo.
Todos os consumidores assíduos estavam a ser intoxicados, sem saber, o que se veio a descobrir somente na atualidade.
Uma das questões que se vieram a confirmar, foi a de que a surdez de que padeceu Beethoven, como também do mau humor, do qual, todos os que lhe eram próximos, confirmaram, e das dores corporais das quais não se queixava, eram relação direta, dos efeitos intrínsecos da intoxicação de que estava a padecer.
Um génio que faleceu no auge da sua obra, e que se tinha como má fama o consumo do vinho, mas estas e outras questões servem puramente, para que tenhamos uma maior atenção perante um legado da natureza atemporal, tanto na sua qualidade de processo, como respeito a consumi-lo e a confeccioná-lo.
Beethoven e o Acetato de Chumbo, por João Carlos Farrapa
