O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais, nesta sexta-feira (8), para criticar a Lei da Ficha Limpa. Apesar de ter votado favoravelmente à proposta, na época em que foi aprovada, hoje, segundo ele, a legislação só serve para “perseguir políticos de direita”.
“A Lei da Ficha Limpa, hoje em dia, serve apenas para uma coisa: para que se persiga os políticos de direita. Você sabia que o Luciano Hang está inelegível? Por quê? Você nunca ficou sabendo que ele disputou uma eleição. Até isso fizeram, uma medida preventiva, tornando o Luciano Hang, um empresário conhecido por todos vocês, inelegível por oito anos, para que ele então nem sonhasse em disputar uma vaga para o Senado, de vice-presidente da República ou de presidente da República”, destacou.
Bolsonaro afirmou que é preciso mudar a lei. Ou ser até “mais radical” e revogá-la. “O ideal é revogar essa lei, que assim não vai perseguir mais ninguém. E quem decide se vai eleger, ou não, o candidato é você. E não uma pessoa aqui em Brasília, você sabe de quem eu estou falando”, completou.
O ex-presidente disse que está trabalhando para que o limite da ilegibilidade passe de oito para dois anos: “aí sim, eu poderia disputar as eleições de 2026”.
– Hoje, para que serve a Lei da Ficha Limpa, a não ser para perseguir a direita? pic.twitter.com/10SLsYUGXS
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) February 7, 2025
Projeto
Um projeto de lei complementar (PLP), do deputado Bibo Nunes (PL-RS), diminui o tempo que um candidato precisa ficar sem disputar eleições.
A proposta tem o deputado Filipe Barros (PL-PR), aliado de Bolsonaro, como relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). O projeto de Bibo, que visa alterar o período de inelegibilidade de oito para dois anos, foi entregue, em dezembro, a Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Casa.
Caso seja aprovado, Bolsonaro pode disputar a eleição de 2026. Condenado em 2023 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele ficará inelegível por oito anos, de 2022 até 2030. Ou seja, até o momento já foram cumpridos mais de dois anos.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br