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Caso Miguel: mãe e madrasta são condenadas a mais de 50 anos de prisão por morte de menino. Criança foi torturada por vários dias e seviciada até a morte.

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Mãe terá pena superior a 57 anos de prisão, enquanto madrasta cumprirá pena de 51 anos. Julgamento durou dois dias. Crime aconteceu em 2021, na cidade de Imbé, e corpo de menino de 7 anos nunca foi encontrado.

Por Jonas Campos, Gustavo Chagas, Camila Freitas, RBS TV e g1 RS

05/04/2024 22h17

Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues e Bruna Nathiele Porto da Rosa foram condenadas por tortura, homicídio e ocultação de cadáver de Miguel dos Santos Rodrigues, de sete anos. A sentença foi lida, nesta sexta-feira (5), após dois dias de julgamento, realizado em Tramandaí. O crime ocorreu em 2021 na cidade de Imbé, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul.

FOTOS DO JULGAMENTO

A mãe de Miguel, Yasmin, foi condenada a 57 anos, 1 mês e 10 dias de prisão pelos três crimes. Já Bruna, a madrasta, foi condenada a 51 anos, 1 mês e 20 dias de prisão pelos três crimes.

As rés permanecem presas, mas podem recorrer da decisão.

O crime ocorreu no final de julho de 2021. O corpo de Miguel teria sido colocado em uma mala e jogado em no Rio Tramandaí. O menino nunca foi encontrado. As duas rés estão presas preventivamente desde então.

Relembre o crime
Caso Miguel: relembre o crime

Ministério Público pediu pelas condenações
O promotor André Luiz Tarouco Pinto explicou aos jurados do que são acusadas as rés: 1) tortura, na modalidade “castigo”; 2) homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima; e 3) ocultação de cadáver.

No entendimento do MP, as duas são responsáveis pelas agressões que Miguel sofria. Durante depoimento à Justiça, elas acusaram uma a outra.

O MP mostrou aos jurados um caderno em que Miguel seria obrigado pela mãe a escrever frases autodepreciativas. “Eu não presto”, “eu sou ruim”, “não mereço a mamãe que eu tenho” são algumas.

O promotor André Pinto ainda recuperou que perícia no celular de uma das rés identificou pesquisas feitas na internet como “digitais humanas saem na água salgada do mar” (veja abaixo).

Delegacia de Imbé divulgou conteúdo de pesquisas encontradas no celular de Yasmin — Foto: PC/Divulgação
Delegacia de Imbé divulgou conteúdo de pesquisas encontradas no celular de Yasmin — Foto: PC/Divulgação

Advogados pediram condenações mais brandas
A advogada Thaís Constantin, que sustentou aos jurados que Yasmin não agiu com intenção de matar o filho.

“Deve ser condenada pelo homicídio? Deve, mas homicídio culposo, não doloso. O dolo direto, a intenção dela. Nessa cadeia sucessiva de atos passa muito longe do que Yasmin fez. Muito longe”, disse.

Logo em seguida, a defesa de Bruna iniciou sua manifestação. O advogado Ueslei Natã Dias Boeira também pediu a condenação de sua cliente, mas só pelos crimes de tortura e ocultação de cadáver.

“Ela tem que ser condenada com base naquilo que ela fez. E o que que a Bruna fez? Já antecipo que a defesa vai pedir a condenação da Bruna pela tortura e pela ocultação do cadáver”, disse o advogado.

Segundo dia de julgamento do “Caso Miguel”

Como foi o primeiro dia
Caso Miguel: mãe chora ao contar que levou filho morto até rio e diz que é ‘um monstro’

No primeiro dia, as duas rés, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues e Bruna Nathiele Porto da Rosa, foram interrogadas.

Yasmin admitiu ter agredido o filho e dado a dose de remédio que deixou o menino desacordado no dia da morte. Questionada pela própria defesa se merecia ser condenada, a ré respondeu: “óbvio”. A mãe de Miguel chorou durante o interrogatório.

“Eu sou um monstro. Na verdade, eu sou muito monstro. Porque, se eu estou aqui hoje, é porque eu errei pra caramba. Se eu tô aqui, tá todo mundo aqui, é porque eu fui péssima como mãe, como ser humano. Mas eu jamais imaginei que que ela pudesse fazer isso”, disse.
Já Bruna admitiu participação na tortura psicológica e na ocultação do cadáver de Miguel. A madrasta também disse que acompanhou Yasmin no momento em que o corpo do menino foi lançado no Rio Tramandaí.

“Eu tenho a ver com a tortura e a ocultação, a morte não”, disse.
O júri também ouviu testemunhas do caso, como policiais militares que atenderam a ocorrência, o delegado que investigou o crime e as proprietárias dos imóveis onde as acusadas moraram.

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