Nos últimos anos, o Brasil tem testemunhado uma preocupante ascensão de ideais e práticas associadas ao fascismo, um fenômeno que põe em risco os fundamentos da democracia e os direitos individuais. Caracterizado por discursos autoritários, a deslegitimação de instituições democráticas e a promoção de uma política baseada na intolerância, esse movimento encontra apoio em setores que veem na radicalização uma resposta às crises sociais e políticas.
O fascismo, historicamente, prospera em momentos de instabilidade, explorando o medo e a insegurança da população para justificar práticas repressivas. No Brasil, essa dinâmica se manifesta por meio do ataque sistemático à imprensa livre, da descredibilização de processos eleitorais e da perseguição a opositores políticos e minorias. Além disso, a polarização extrema gera um ambiente de violência simbólica e física, onde o debate público perde espaço para a imposição de ideologias por meio da força.
Os impactos dessa ascensão vão além da esfera política. A sociedade brasileira corre o risco de perder garantias fundamentais conquistadas ao longo das décadas, como a liberdade de expressão, o respeito à diversidade e os mecanismos de participação popular. A normalização do autoritarismo ameaça transformar o país em um ambiente onde o pensamento crítico e a oposição são sufocados, fragilizando o Estado democrático de direito.
Diante desse cenário, a resistência democrática se faz essencial. O fortalecimento das instituições, a educação política da população e o compromisso com o diálogo são ferramentas indispensáveis para barrar o avanço de ideologias que colocam em xeque os valores democráticos. A história já demonstrou os danos irreversíveis causados por regimes autoritários, e cabe à sociedade brasileira garantir que os erros do passado não se repitam. Afinal, a democracia não é um dado adquirido, mas sim uma construção que exige vigilância, comprometimento e luta constante.
