18.8 C
Marília

Plínio e “Coan”, por João Carlos Farrapa

Leia também

A história da Grécia, sempre terá uma proximidade relativa com o vinho, e o seu significado de acesso ao sagrado, e não só através dos oráculos.
Na filosofia e no início da discussão democrática, nos devidos estabelecimentos de organização social, como o Partenon, estava muitas vezes presente nos Fóruns, onde era consumido, com o objetivo das discussões serem mais amenas, acalmando as orientações e ideias .
Neste ambiente de concepção de ideias, surge o filosofo Plinio.
Segundo as suas crónicas pessoais, através de um “acidente” provocado com o sentido de cumprir um objetivo, nasceu um processo de fermentação diferenciado no vinho e numa uva autóctone.
A “Coan”, uva local, era muito consumida e tendo uma produção relativa, e que se propunha a ser expedida comercialmente em todo o Mediterrâneo.
Certa vez, um dos escravos, com o objetivo de preencher a demanda do pedido e não tendo insumo suficiente, adicionou água salgada, e conseguiu o volume necessário.
Essa situação foi notada, mas por sua vez, resultou em algo surpreendente, e que em alguns casos, ainda na atualidade, alguns produtores locais, seguem essa tradição.
A adição de água salgada ao vinho e ao suco dessa uva, a “Coan”, fez com que a fermentação resultasse em algo revolucionário, num dos sabores e aromas que atravessaram séculos, com a sua característica de salinidade.
Assim sendo,Plinio, presume-se que tenha aceite esse acidente, a título pessoal, como algo inovador, e teremos a oportunidade de aceder a esse “acidente” á nossa mesa, ajudando no conto e história a ela assimilada.
Bebamos um pouco de história, e com o espírito de Plinio a brindar, á evolução e adaptação de ideias contemporâneas e de acidentes que a natureza teimou em ser perfeita.

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

spot_img
spot_img

Últimas notícias